Em 30 de abril desse ano de 2016 completei exatos 10 anos trabalhando com casamentos. E por coincidência, estava num casamento lindo – que exigiu muito de mim – precisamente nesse dia. Aliás, não acredito em coincidências. Acredito em sinais.
Explicando.
Nesses 10 anos insisti muito nessa minha profissão. Não é fácil, é um mercado bem difícil, é uma dedicação absurda, e não… não é glamour – é trabalho duro. Comecei inesperadamente, me apaixonei pelo trabalho, fui estudar sobre, trabalhei, conquistei meu público, trabalhei, construí uma marca, trabalhei, conheci muita gente, trabalhei, mas desanimei muitas vezes.
E entre tantas crises “should I stay or should I go?”, na {talvez} maior, tive uma reunião com uma noiva com quase certeza de que iria pendurar o vestidinho preto definitivamente. Com meu bebê com 40 dias na sala ao lado, minha vida totalmente mudada, minha cabeça a mil, me parecia impossível seguir a rotina que eu já bem conhecia. Mas durante a reunião, ela me disse que tinha procurado outras pessoas para organizar o seu casamento, mas queria alguém que respirasse casamento, e por isso, tinha que ser eu. Meu coração abriu um sorriso (acho que eu também… rsrsrs). E depois disso perguntei: “Qual a data de seu casamento mesmo?”. E ela respondeu: “30 de abril de 2016”. De imediato me veio à cabeça: meus 10 anos! E entendi como um sinal.
E cá estou eu.
Se eu reclamo: sim, muitas vezes. Se me canso: sim. Já estive ausente em muitas comemorações de família, aniversários (da mãe, do pai, do marido, dos irmãos, das amigas), já abri mão de viagens, e recentemente, já passei muitos dias inteiros longe do meu filho. Mas já conheci histórias de amor incríveis, já ajudei a realizar muitos sonhos, já comi docinhos deliciosos e tenho muita cliente que virou amiga querida. A velha história das dores e delícias.
E porque eu continuo?
Ah… porque é amor! E quando tem amor, a gente sempre fica.
{foto de Diogo Massarelli – no dia 30/04/16}
